Notícias / O papel do patologista na luta contra o câncer
28/07/2016 às 11:31
Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam uma ocorrência de cerca de 600 mil novos casos de câncer no Brasil entre 2016 e 2017. Destes, os tipos mais frequentes são: pele não-melanoma, próstata, mama, colo do útero, pulmão, intestino, estômago e cavidade oral.
Nesse cenário, é fundamental o investimento em estratégias de prevenção e detecção precoce dessas doenças, garantindo melhores chances de cura e sobrevida da população. Na batalha contra o câncer, um dos protagonistas é o médico patologista. Esse profissional é responsável por diagnosticar praticamente todos os tipos de câncer, além de ajudar a definir o melhor tratamento para o paciente.
Para isso, o patologista conta com um arsenal composto por seu conhecimento e os exames anatomopatológicos, citológicos,imunohistoquímicos e moleculares (testes genéticos). Essas técnicas permitem que ele analise a fundo a estrutura e o DNA das células e tecidos do nosso corpo, garantindo um diagnóstico preciso.
Quando especialistas como cirurgiões, ginecologistas, oncologistas, hematologistas e urologistas precisam de análises mais específicas de um nódulo de mama, um linfoma, uma lesão no colo do útero ou uma suspeita de câncer de próstata, por exemplo, é ao patologista que eles recorrem, enviando biópsias ou mesmo peças cirúrgicas para sua análise.
Com sua experiência, o médico patologista consegue definir se existem ou não tumores, assim como se essas lesões são benignas ou malignas. Mais do que isso, seu laudo é fundamental para definir em que estágio a doença se encontra, além de sugerir a melhor abordagem para o tratamento. Esse documento pode, por exemplo, ser decisivo para a escolha entre quimioterapia, radioterapia, cirurgia ou mesmo somente acompanhamento do paciente.
O papel da patologia no combate ao câncer também se dá no campo da prevenção, uma vez que é esse especialista quem tem a função de analisar o exame de Papanicolau, fundamental para a prevenção do câncer de colo de útero. Nesse teste, o profissional examina a amostra colhida do colo uterino para buscar alterações que indiquem um tumor ou mesmo outras lesões relacionadas ao papilomavírus humano (HPV), vírus conhecido como um dos principais agentes causadores de câncer de colo do útero, transmitido por relações sexuais.
Os avanços recentes na medicina favoreceram a diminuição do tempo entre o diagnóstico e o começo do tratamento. Essas novas tecnologias permitem detectar a doença precocemente, melhorando em muito o prognóstico e a remissão dos tumores. A detecção do câncer ainda em seu início é a principal estratégia para aumentar as chances de cura dos pacientes e são os médicos patologistas os profissionais encarregados de realizar este diagnóstico.
Fonte: http://www.sbp.org.br/